domingo, 21 de agosto de 2011

André Na Ilha de Patmos.

Dez terços bem rezados por cada erro cometido
Olhar fixo nos olhos de Cristo morto no crucifixo
E então estará salvo por ser assim tão ruim
Agora eles precisam de dinheiro para manter sua fé
Quando errar de novo é só passar no mercado santo
Eles podem trocar sua condenação pelo corpo inocente do seu filho
Ainda acredita neles? Ainda quer ser salvo por eles?

Desse jeito as pessoas más vão se misturar aos anjos
Elas vão conseguir voar com tanto peso sob suas costas?
Os anjos celestiais vão perder sua pureza
Vão se sujar com o sangue traidor dos maldosos
E ouviram pessoas chorando e gemendo em seus corações
Os mares vão secar, o céu será o novo inferno e esse será o novo mar
Quem vai ficar no arquipélago de fogo?

Nosso espírito é limpo, é novo e verdadeiro
É tranquilo e sereno, mas não o suficiente pra ser bom
Vai tá sempre com uma chaga sangrando
E manchando o que as pessoas tem de melhor
Porque suas mesas estão sempre cheias de vômitos
Não há nenhum lugar limpo de verdade
O desmamado se une ao arrancado dos seios e juntos choram

No meio da vida, no leito da morte
Deus e o Diabo juntos num grande lago de dúvidas
Castiçais de ouro por toda parte revelam o que tem por vir
Sete mares de almas salvas e perdidas, arranjadas e proibidas
Sete luas presas ao longo da coluna vertebral de quem tem fé
Sob o rosto coberto pela luz negra, que ilumina o tempo sem cor
Ainda existe motivos para acreditar no amor?





quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Sigo sozinho e assumo os passos dos andarilhos
Faço tratados com os errantes feito eu
Numa prece cósmica tiro grande peso do coração
E converso sobre a vida com quem já morreu
Depois carrego a culpa dos estúpidos nas costas
Mato a sangue frio minhas melhores memórias
E esqueço o que é amar

Flagelo minha mente cada vez que abro os olhos
Deus sumiu com todas minhas vontades
Então acho que já estou preparado para dormir
Conhecer o outro lado da vida misteriosa
Cobrir meu corpo com a poeira das estrelas
E caminhar sem volta ao passado
De quem já está cansado de ter que acordar.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Bosques do Acaso.

Fui para os bosques do acaso
Viver vida tranquila
Longe do caos da cidade
Um lugar perto de grande felicidade
Onde gnomos protegem minha moradia
E fadas voam e viram brisa, vento e ventania
Vivendo um dia na realidade
E seis dias intensos na minha utopia.

domingo, 7 de agosto de 2011

Sereia.

Hoje eu acordei com vontade de desbravar os sete mares
Combater todos os males que assombram minha sereia
E deixar que seu canto me carregue para o fundo do mar
Vou viver de lindos sonhos e dos encantos dessa moça
E será de tinta e fantasia nosso carnaval

Vou pedir pra Deus do Céu, Oxum e Iemanjá
Que mande maré boa, uma vida mais atoa
Pra não cansar o meu nadar vagabundo
Porque é nesse novo mundo que eu vou morar
Com a minha sereia e junto ao grande mar.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Carta Para Voltar.

As vezes pego minha bicicleta e saio sozinho por aí
Reparando nos olhos de todas as pessoas que passam por mim
E eu penso todo momento nas coisas que você deve está fazendo
E se eu ainda posso me encaixar na sua rotina sem tempo

Meu corpo está parando de funcionar completamente
Alguma parte de mim está uma verdadeira bagunça
E como eu sinto muito em ter abandonado a única pessoa que me amou
Agora sinto falta até das coisas que eu mais odiava em você

Oh, por favor, volte para mim, querida
Antes que eu não consiga mais pintar uma imagem sua na minha cabeça
Não sei dá um passo sem você me olhando de longe
Volte antes que o céu me sirva de lençol e as estrelas virem farsas de você.