segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Is Jesus Dead?

Alguma coisa boa pra muito longe se perdeu
Um dia será melhor
Prazeres eternos deixados no passado
Nós eramos os melhores daquele lugar
Todo mundo queria nos ver
O tempo rompeu com várias coisas
E Jesus não apareceu para nos salvar
Jesus está morto?

Nós lutamos pela liberdade
E nossa amizade nunca morreu
Nossos olhos tocavam o céu
E a parte mais profunda de nossas almas
Mas alguma coisa teve que queimar
Um adeus aos nossos corações
O tempo cortou nossas carnes
E Jesus com os braços abertos não nos abraçou
É a morte de Jesus?

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Útero de Fadas.

Tenho útero de fadas azuis
Estou fadado a sonhar
Me escondo em asas sem plumas
E minhas lágrimas salgam o mar
Estou pronto para dar a luz 
E expelir todos os encantos escondidos
Devorar a placenta mágica
E pôr para ninar quem nunca dormiu
Quem vai fazer girar esse carrossel
Quando a ventania parar?

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Permutação.

Se eu não me importasse com você
Se eu tivesse que perder uma vida
Ou virasse alguém normal
Não precisaria lidar com sentimentos
Venderia minha alma pra quem quisesse sofrer
Dessa maneira eu não seria como eu sou
E talvez o agir seja mais importante que o pensar
Você está preparado pra isso?

Os resultados nem sempre são os melhores
E minha voz não é tão boa de ouvir
Mesmo quando coberta de mentiras
Mas isso não é notícia nova
Você suportaria ver o meu fim?
Mal posso enxergar alguns metros depois do infinito
O perco de vista e o misturo dentro de mim
Nada é tão bom quanto parece ser
E ninguém consegue conviver a isso.
É tudo o que eu sinto
Um grande desprazer
É tudo o que eu quero
Sentar e morrer
E mesmo assim sou feliz
Acho que apenas sou feliz demais
Quem vai me acompanhar nesse caminho sem estrada?
É só imperfeição essa longa jornada
Que cruza a ponta dos meus dedos
Até o fim do meu último pensamento
Quem vai me seguir se ninguém mais quiser sorrir?

Dentro de Si.

Porque quando eu acordo me desfaço em pedaços
E não sobrevivo aos raios de sol
Nada é feito como eu
Um monte de coisa perdida
Que se encontra no vazio de um tempo sem cor

Vago pelos cantos e me perco em um olhar qualquer
Me desmancho em poeira de estrela sem brilho
E escuto as vozes dos seres sem fé
Não posso me fechar pra realidade
Mesmo quando tudo que vejo seja insuficiente

Guardo meu mundo em um pote invisível
E conquisto os astros perdidos
Como quem esconde os segredos mais restritos
De um sorriso infinito guardado dentro de mim
Que nasce e morre em cada canto, um pranto dentro de si.

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Tempos extremos e inconstantes me seguram pelo pé
E me matam cada dia um pouco
Nossos sonhos morreram no cás de um porto qualquer
E minhas lágrimas caem como diamantes brutos
Já  posso procurar um novo lugar para viver
Ou voltar para o útero materno e parar de sofrer?
Lá vivia rodeado por sangue e a paisagem não era bonita
De um modo estranho era feliz no meio de todo aquele horror
Então, me diz, já posso voltar para o buraco?