Viajou pelas poeiras dando a luz a um sorriso
Mochila nas costas guardando sacrifícios
Com seu tênis gasto e seu passado emoldurado
Escondendo sua solidão no próximo passo
Jovem rebelde de jeans e camisa preta
Estrada errante para alguém sem regras
Ossos quebrados e coração partido
Sempre são bons motivos para se perder
Pegou caronas em caminhões pecadores
Odiando todo aquele cheiro machista
E as conversas de que homens não sentem dores
Não se apaixonam nem contam estrelas no céu
Fez morada na solidão e no vermelho das tardes
Virou o bom selvagem que era nos seus primeiros anos
Uivava em toda lua cheia até o sol nascer em chamas
Deixando a loucura lhe apresentar seus novos amigos.
Os homens que não se apaixonam nem contam estrelas no céu não são poetas e nem livres.
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