É no preto breu da madrugada
Preso na insônia calada
Que tudo o que se viveu antes faz sentido
Onde tudo encontra-se metido
No silenciar da mente vazia
Que transparece nos lentos olhos
E se misturam em passos tortos
Tal como as vozes atrapalhadas
Dos vagabundos, boêmios e canalhas, lá fora
Que sussurram raras filosofias
Nas ruas, nos bares, nos males da fossa fria
E nos prédios a Bossa rolando nova
Escondendo a lua quase morta pelo sol
Guardando em segredo pequenas incertezas
Pensando em tantas palavras que se apagaram
Sendo o reverso de tantas outras
De tantas loucas que não podem dormir
Então refletir é o que lhes restam
Esquecer seus olhos cansandos
No preto e branco retrato guardado
E lembrar de como seu sorriso mudou
E calou em cada noite mal dormida
E renasceu na outra madrugada
Na madrugada da cor dos olhos de Frida.
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
O Brasil é Meu Quintal (Sempre Quis)
Nunca fui à Bahia
Mas de longe ela me sorrir
Nunca fui ao Rio
Mas sei que de lá nunca sai
Amo a terra nortista
Até sua chuva no meio da tarde
Mas já é tarde pra ficar
Porque com todo esse anil
Feliz dizer, meu amigo
Meu quintal é o Brasil
Minha mãe é nortista
Meu avô nordestino, sempre quis
Tenho tio gaúcho
Amigo capixaba
E vizinho do central do país
Quero apenas ser brasileiro, sempre quis
Andar por todos esses cantos
E ter o trópico inteiro
Como meu quintal
Brasil é minha terra natal
Terra de poucos, terra de todos
Terra tropical.
Mas de longe ela me sorrir
Nunca fui ao Rio
Mas sei que de lá nunca sai
Amo a terra nortista
Até sua chuva no meio da tarde
Mas já é tarde pra ficar
Porque com todo esse anil
Feliz dizer, meu amigo
Meu quintal é o Brasil
Minha mãe é nortista
Meu avô nordestino, sempre quis
Tenho tio gaúcho
Amigo capixaba
E vizinho do central do país
Quero apenas ser brasileiro, sempre quis
Andar por todos esses cantos
E ter o trópico inteiro
Como meu quintal
Brasil é minha terra natal
Terra de poucos, terra de todos
Terra tropical.
quarta-feira, 12 de janeiro de 2011
Tríplice Mistério.
Poeiras da terra que trazes tristezas vizinhas
Adivinhe onde nos perdemos
Se foi em dias, noites ou secas severinas
Trague junto ao peito todo o efeito
Ou mal algum de mazelas feitas
E nos traduz ladeira à baixo
Em rezas e crenças ou nos mostre uma luz opaca
Daquela criança pálida e de pés descalços
Rachados como o lamento sertanejo
Inteiros como vimos no Amaral
Trague junto ao leito
Um devaneio corriqueiro
Com lagoa e com coqueiro
Um oásis pra baleia se banhar
E quando o mar secar e a alegria chegar em fim
Vamos todos pra Bahia, vamos
Ou nos achar pelo Pará
Na vasta mata, na bela mulata
No imenso pé de jacarandá
Uma vez esquindole-lê
Outra vez esquindola-lá
Chance de escorrer e estancar seguro
Na caminhada por entre o balé de galhos
Com a cabeça quente de morrer
E só haverá tempo de pensar
Esse rio de gente que anda
Há de um dia chegar
No canto em que o passado descansa
E um traço na terra marcar
Por três mistérios tropicais.
Felipe Acácio/ Chay Suede/ Caio Flores.
Adivinhe onde nos perdemos
Se foi em dias, noites ou secas severinas
Trague junto ao peito todo o efeito
Ou mal algum de mazelas feitas
E nos traduz ladeira à baixo
Em rezas e crenças ou nos mostre uma luz opaca
Daquela criança pálida e de pés descalços
Rachados como o lamento sertanejo
Inteiros como vimos no Amaral
Trague junto ao leito
Um devaneio corriqueiro
Com lagoa e com coqueiro
Um oásis pra baleia se banhar
E quando o mar secar e a alegria chegar em fim
Vamos todos pra Bahia, vamos
Ou nos achar pelo Pará
Na vasta mata, na bela mulata
No imenso pé de jacarandá
Uma vez esquindole-lê
Outra vez esquindola-lá
Chance de escorrer e estancar seguro
Na caminhada por entre o balé de galhos
Com a cabeça quente de morrer
E só haverá tempo de pensar
Esse rio de gente que anda
Há de um dia chegar
No canto em que o passado descansa
E um traço na terra marcar
Por três mistérios tropicais.
Felipe Acácio/ Chay Suede/ Caio Flores.
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Som de Umbanda.
Rainha do Mar de Umbanda
Você acolá na banda
Rainha do Mar e do samba
Que bamba, aiô, aiá
Que bamba na flor e no mar
E no sertão a alegria do carnaval
Não é do mal, ô Maria
Não tem tristeza nem agonia
É carnaval na Bahia, alô, alô
Carne do mal, aiô, aiô
Vida carnal dançar
Terra de Deus e Iemanjá
Alô, alô, carnaval.
Carne do mal, aiô, aiô.
Vida carnal dançar, aiá, aiá
Você acolá na banda
Rainha do Mar e do samba
Que bamba, aiô, aiá
Que bamba na flor e no mar
E no sertão a alegria do carnaval
Não é do mal, ô Maria
Não tem tristeza nem agonia
É carnaval na Bahia, alô, alô
Carne do mal, aiô, aiô
Vida carnal dançar
Terra de Deus e Iemanjá
Alô, alô, carnaval.
Carne do mal, aiô, aiô.
Vida carnal dançar, aiá, aiá
terça-feira, 4 de janeiro de 2011
Como Fênix.
Vamos modificá-los
Renascer como a fênix
Vamos transformá-los
E esquecer nossos tênis
Andar descalços
Com braços presos
Uns nos outros
Mudar a mente
E caladamente partir
Por estradas aleatórias
Levar belezas esquecidas
E carregar nas costas
O olhar indiferente daquela gente isolada
Vamos abrir as portas
Pra uma nova sociedade passar
Sem idéias mortas ou pensamentos inacabados
Vamos nos alimentar de música e poesia
Enlouquecer com outros loucos
Viver em paz, ar puro e alegria.
Renascer como a fênix
Vamos transformá-los
E esquecer nossos tênis
Andar descalços
Com braços presos
Uns nos outros
Mudar a mente
E caladamente partir
Por estradas aleatórias
Levar belezas esquecidas
E carregar nas costas
O olhar indiferente daquela gente isolada
Vamos abrir as portas
Pra uma nova sociedade passar
Sem idéias mortas ou pensamentos inacabados
Vamos nos alimentar de música e poesia
Enlouquecer com outros loucos
Viver em paz, ar puro e alegria.
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