domingo, 10 de abril de 2011

Real Engenho.

As mãos pesadas torturam e vão
Trucidam sem piedade
Perdem o valor de acarinhar
E o coração de dor chora
Humano tão desumano
Pesada alma sem amor
Inocentes sentem o peso
O peso de parar no tempo
O vento do massacre covarde
Uma página difícil de virar
Revelando os olhos de medo
As lágrimas de cada mãe
De cada galho que perdeu sua flor
E as memórias marcadas nos azulejos
Nos quadros negros, nos livros
No escuro da vida
Na chama que se apagou
Na mente de quem teve a felicidade assassinada
Num toque mudo do realejo
Triste Real Engenho
Que em lágrimas virou um mar de flores
Agora ensina novos barcos
Por onde navegar.

6 comentários:

  1. É ai que a gente vê que o mundo é realmente um moinho, que pode triturar os sonhos de crianças reduzindo-os a pó. Muito triste tudo que vem acontecendo com a humanidade. :(

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  2. Como você consegue fazer uma coisa tão linda dessas e ao mesmo tempo tão triste? As crianças de realengo olham e sorriem pra você!

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  3. Cara, muito bom! Escreve com uma leveza, mas que toca a gente com uma força sem igual, parabéns aí!

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  4. Este escrito consola os nossos corações e sacode nossa angustia.
    Mas não cancela nossa indignação.
    Meu querido amigo agradeço a Deus por tanta sensibilidade que você tem.
    Bjo grande!

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  5. Refresco prum mundo sacudido, saber que mesmo com tamanho desrespeito pela vida, Alguém ainda olha por nós.

    Parabéns pelo escrito. ^^

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