sexta-feira, 22 de julho de 2011

Sobre um Quarto.

Naquele quarto branco e preto
Chapéu marrom que guardava todos os pensamentos
Chaplin observador de cenas eróticas
Era colchão na parede pra amortecer a batida
Televisão falhada, dupla imagem, dupla mentira
Uma cama desconfortável de molas cansadas
Arte na parede, desenhos, notícias de jornais
E nossos heróis suicídas, drogados e mal interpretados
Imortalizados em quatro paredes
Uma vitrola surrada sempre tocando o som certo
Que combinava perfeitamente com a lua
Que fazia uma visita toda noite pela janela com grades
Livros espalhados pelo chão e ao pé da cama minhas tristezas
E a beleza de sonhar presente em todos os cantos
E todos os prantos virando um grande mar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário