quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Maçã.

Eu queria ainda saber as cores que você tem
Se o seu cheiro continua o mesmo
Se ainda se perde nas palavras
Ou se ainda vive o rock in roll em seu quarto

Como pode em um segundo não mais te conhecer
Achei que as cartas eram só pra mim
E que seu sorriso só vinha em minha direção
Triste ilusão de um idiota
Que nunca via a porta que você fechava
Mesmo abrindo uma janela pra me iludir

Teus gestos ainda estão guardados
Como uma forma de ti prender
Naquele mundo que era só nosso
E será que você ainda lembra?
Será que você ainda pensa em mim?

Nossas meia-conversas ficaram a ermo
Um meio-termo que você reduziu
Parece nunca ter existido
Diante de um amor que te entregava
E que você nunca me devolvia.

Um comentário:

  1. As cartas foram para muitos,
    mas as escritas com o coração foram só para você.
    Você não é um idiota,
    aliás, é sim,
    por ainda se perguntar se eu lembro de nós,
    se penso em você.
    A resposta está clara em meus olhos,
    você pode lê-los melhor que minha boca cor de maçã,
    que só cospe palavras em vão.
    O amor ainda está intacto,
    guardado,
    mas você nem insistiu em arrombar a porta,
    sequer pular a janela.
    Tenho muito amor a devolver,
    basta você querer enxergar.

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