segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Poeta Por Acaso.

A voz oscila e paira numa tarde seca
Poeta por acaso
Escondido na pele em carne viva
Marcado a ferro e fogo, fumaça e cinza
Cinzeiro da noite cruzada
Espadas erguidas no ermo
Solidão de quem escreve o mundo
E constrói paredes de maravilhas
Pintadas com tintas do sol e da lua
Tão crua palavra fingida
De um palhaço trovador
Que se reinventa no tempo
Nos ruídos de um realejo
Nos sonhos doridos de um cantador
Buscador de verdades baratas
Um ator encenando um papel
Da vida que corre lá fora
Transformando a tristeza em poesia
E a alegria em mais um passo
Sem um destino exato pra ordenar
A razão existente no azul de amar
Na cicatriz que deixa sempre por um triz
A armadura imaculada da falsidade de uma atriz.

2 comentários:

  1. Já estava com saudades de ler suas poesias.
    Solidão de quem escreve o mundo
    E constrói paredes de maravilhas
    Pintadas com tintas do sol e da lua.
    Transformando a tristeza em poesia...
    Parabéns!Bjo!

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  2. Ser poeta por acaso é o que o acaso, ou melhor, acácio nos transforma: escravos das palavras. Lindo poema!

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