sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Desfolha.

Desprendeu-se do galho
Caiu na estrada e revelou-se
Desfolhou a pele morena
Chamengo do sol
Esconderijo de sombra
No espelho negro dos olhos
Fez-se mudo e brotou no solo rente
Sem plano, sem vento
Sem tempo, sem ano
Fácil lembrança do que era
Ou uma simples utopia de vida
Traços e tintas
Numa estrada sem acostamento
Nem carências nem lamentos
Da flor que não quis enraizar
Vaga no mundo
Feliz em voar.

4 comentários:

  1. Você também está se revelando.
    Sou a tia do Chay e amiga do Caio,muito prazer!
    @iorlanymelo

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  2. Uma flor que escolheu seu destino de ser tudo e nada. É borboleta, é cor, é amor, é brilho e é livre como o vento! Que lindo!

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  3. 'no espelho negro dos olhos' ...
    nesse espelho pode-se ver tudo ou nada.

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