sábado, 12 de março de 2011

Carta de Índia.

Tento marcar em palavras o que o vento sopra nos meus ouvidos
O que o tempo não desfez e deixou revelado em fim
Então, escrevo cartas para o futuro incerto
Algumas extraviam-se pelo caminho
Outras perdem-se dentro de mim
Mas um dia chego no fim de ver as coisas acontecendo
Diante dos meus olhos pernoitados
E dos meus dedos treinados 
Que não cansam de escrever cartas pra desconhecidos
Pra amigos queridos e parentes falecidos
Que olham pra mim do fim do céu
Que me convidam pra ir ao mar
Pra ter o que dizer, pra ter o que contar
Depois que eu voltar do fundo sem fundo de mim.

2 comentários:

  1. Cartas perdidas dentro de uma índia, que não sabe se decidir onde é o fundo incerto do fim.

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  2. Estou viciada em procurar todos os dias algo novo e que bom que encontro.
    Parabéns!Sensacinonal!

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