No mundo há muitas armadilhas
E uma delas é você ou você é todas elas
Bueiro de cobras
Escorpião de Ártemis
Veneno da serpente
Que de repente me marca a pele
Feito tatuagem negra
Viúva negra, sem você me desfaço
E perfaço em pensamento o caminho do pecado
Do seu corpo mulato
Que malvado me desfolha a alma
E me cega com seu olhar seguro
Uma cegueira surda feito sua fala
Não me importo de viver na sua garra
De comer o pão que você amassou
Serpente, você me conquistou
Mesmo sofrendo em stéreo
Do vivo mistério em que você se transformou
Ainda te quero veneno no meu sangue
O embaçado no vidro do carro
O movimento de tudo ou quase tudo no meu corpo
Porque isso é repetidamente nosso
Isso é veneno seu, é assim
Você tem que existir
Pra eu poder sofrer
Você é veneno em mim.
Viúva negra! Maravilhoso texto, grande Acácio.
ResponderExcluirisso tem que virar música!
ResponderExcluirTexto fabuloso,sentimento impetuoso.
ResponderExcluirConcordo com a Fernanda Leão "Isso tem que virar música.
Parabéns!
Jude, que lindo isso que escreveste!
ResponderExcluirpalavras profundas, deu pra sentir daqui! vc é um talento, menino! Precisam te achar urgentemente! Beijinhos!
ResponderExcluir"Venenosa, é pior do que cobra cascavel, seu veneno é cruel éu éu éu..." E são os perigos da vida que nos chamam atenção. Do que adianta uma vida sem emoção, amores lânguidos e sem tentação? É esse veneno que faz os amores perdurarem pelo infinito! Muito bom o "poemete". :)
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