O amor é um fado popular
E pra tê-lo basta se entregar
Num olhar que sabe te dizer
‘O quanto eu vivo pensando em você’
No peito aberto
Vai pra perto
E não parcele o seu amor
Pra quê pudor? Pra quê pudor?
Entrega-se por inteira
Na beira da cachoeira
E esqueça toda dor
Ame sem medo, se descobre sem erro
Em cores de paixão pujante
Procure ser amante
E encontre o tal galante
Que pescou o seu olhar
E se achar que amar é um fardo
Então, tudo se finda
Nem tu te tornas linda
Ao olhar de um vagabundo
Você é um mistério guarnecido
Pra quê deixar morto, a beira do porto
um amor bem parecido
Vai, assim congelando seu coração
E acostumando-se só, se perdendo em você
Até se entregar à solidão.
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